“Não te vás embora…” Foram estas as últimas palavras que me disse. As palavras que ficaram, que continuam, que se repetem todos os dias, a cada momento. Não te vas embora, pediu-me. Com aquele olhar doce, sereno, aquele olhar que abarcava o mundo, e as estrelas, e todas as galáxias, e o universo inteiro… Talvez esse tenha sido o momento em que morri, a minha primeira morte. O momento em que a minha alma quebrou. Como continuar uma vida depois disto? Depois destas palavras, depois de ir, de não ficar. De ir porque tinha que ir. De não ficar, porque não podia ficar. Mas eu queria ficar. Queria tanto. Era ali que eu queria estar. Para sempre. Naquele olhar. No teu olhar. Como sobreviver a esta dor? Como acreditar que a vida pode continuar depois destas palavras? Tenho medo que por momentos tenhas duvidado que quisesse ficar. Que por momentos te tenhas sentido abandonada. Quando tu nunca nos abandonaste. Quando tu ficaste sempre. Quando a tua presença foi sempre. Única. Imutável. Estiveste connosco. Sempre. Até ao ultimo segundo. Ate ao ultimo suspiro. E continuaste. Continuas. Vives depois de tudo isto. Vives depois da morte, porque a morte não conseguira nunca levar as almas que são vida. Porque a morte não o é quando a vida é. E tu és a vida. Serás Sempre…
“Não te vás embora…” aquele olhar, aquele olhar que guardarei dentro até o meu se fechar. Aquele olhar que ainda hoje me quebra a alma, me deita ao chão, me desarma.
A vida é feita de pequenas mortes… ouvi esta frase hoje. Lembrei-me de ti. Lembrei-me da tua última frase. Lembrei-me de todas as vezes que já morri ao recordar estas palavras, as tuas palavras…
… Eu nunca me fui embora. Eu fiquei ali, naquele momento. A minha alma está lá. Junto a ti. Naquele momento em que a tua alma também ali estava. A minha alma está lá, naquele teu olhar, naquelas tuas palavras.
“Não te vás embora…” Não fui mamã. Estou aqui.
“Não te vás embora…” aquele olhar, aquele olhar que guardarei dentro até o meu se fechar. Aquele olhar que ainda hoje me quebra a alma, me deita ao chão, me desarma.
A vida é feita de pequenas mortes… ouvi esta frase hoje. Lembrei-me de ti. Lembrei-me da tua última frase. Lembrei-me de todas as vezes que já morri ao recordar estas palavras, as tuas palavras…
… Eu nunca me fui embora. Eu fiquei ali, naquele momento. A minha alma está lá. Junto a ti. Naquele momento em que a tua alma também ali estava. A minha alma está lá, naquele teu olhar, naquelas tuas palavras.
“Não te vás embora…” Não fui mamã. Estou aqui.