Na 1st avenue com a 71st existe uma casinha de charutos... quase todos os dias passo por ela a caminho do trabalho, mas nem sempre reparo que está lá.. ou porque vou entretida a falar com os meus botões, ou porque vou a tagarelar com a Maria Rita, ou simplesmente porque o cheiro de charuto nesse dia não é tão forte ou não é "o" cheiro, aquele que consigo distinguir entre todos os cheiros de charuto do mundo...
... mas hoje não foi um desses dias. Hoje quando passei por esta casinha pequenina, perdida numa rua de Nova Iorque, hoje reparei que ela estava lá... aquele cheiro que sei de cor estava ali! E, num segundo, fui transportada para muito muito longe... viajei no tempo...e vi o Eduardo sentado no sofá, com a sua camisa e as suas calças de tecido, os seus óculos de massa grossa...e o seu charuto na mão... ouvi de novo a Vera e o Eduardo a cantarem, vi-os de novo a dançar, senti de novo aquele amor que sempre admirei tanto...encantei-me com as suas histórias, com as suas aventuras, com uma vida tão cheia de tanto... de novo, estava ali... eu pequenina, com uma vida inteira pela frente, cheia de sonhos... e ele, velhinho, com uma vida inteira já passada, cheio de memórias...
e estas duas vidas, em tantos aspectos diametralmente opostas, estas duas vidas cruzaram-se algures no tempo... e estas duas vidas foram partilhadas, sentidas...amadas...
It was a real privilege to meet you Sir...
... os nossos refúgios podem estar onde menos esperamos... numa casinha de charutos por exemplo....
o meu refugio tem sido estes minutinhos esporadicos, a ler o teu blog :)... e claro, toda a descrição me fez ver de novo o "Eduard", e x a c t a m e n te como o descreveste, ver e ouvir a vera chamá-lo, beber chá com leite, tagarelar com a vera a caminho da marinha (vinda das suas consultas com a tua mãe) com aquele sotaque british...... Momentos. beijos litlle rosi (estou a fazer a sopa)
ResponderEliminarmomentos preciosos que tivemos a sorte de partilhar...
ResponderEliminarbeijos my sweet angel..
guarda a sopa numa tacinha para quando eu voltar, ok?
como eu reconheço ou melhor »recheiro» esses charutos.
ResponderEliminarrecordo uma dança num dia 4 de noevembro de 1990 entre a "nossa mana anjo" e o eduardo ou as memorias de conversas entre chas com limão ou leite acerca do amor em tempos de guerra ou das acçõe na bolsa....
Recordo o here we are again happy as can be, all good frinds....
que saudades de Vera mais sopa.................
...somos umas privilegiadas, não somos mana?? tantos momentos que temos guardados cá dentro, tantos momentos que tivemos a sorte de viver... a vida pode ser realmente bela.. e nós temos a sorte de nos terem mostrado isso!
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